“Só sei que foi assim” . A capa de Vanessa Andrade.

Vanessa Andrade projetou um centro de cultura armorial na cidade do Recife.

Me pediu desde o início que trabalhasse o layout utilizando recortes e sobreposição de papeis, então propus alternativas que pudessem levar esse detalhe, explorando o contraste de cores com fundo branco ou preto. Do ponto de vista estético ter o movimento armorial como tema oferece inúmeras possibilidades de representação, o que resultou em diversos esboços.

Das opções enviadas, Vanessa escolheu o estandarte. Elemento presente nos brinquedos populares, é também símbolo do movimento armorial. Para compor a ilustração utilizei traços que remetessem a ideia de xilogravura, uma das formas de arte que o movimento armorial buscou valorizar.

Destaco ainda a escolha a tipografia XILOSA, de Atila Milanio. Utilizada tanto na capa como na diagramação do conteúdos nos títulos e outros textos em destaque. (se quiser conhecer mais o trabalho de Atila, acesse: http://cargocollective.com/atilamilanio )

O acabamento interno foi feito a partir da justaposição de papéis colorplus, nas cores da bandeira de Pernambuco. Acoplados aos volumes, foram colocados os envelopes para DVDs.

Por conta do grande volume de páginas, não foi possível encadernar as pranchas técnicas no mesmo volume. Por isso, desenvolvi uma caixinha dobrável , feita com papel Kraft. A identificação da caixa impressa no mesmo papel que a capa, recebeu a segunda ilustração encomendada por Vanessa: a representação do edifício projetado em traços de xilogravura.

Esse foi o primeiro projeto de capa que fiz com esse nível de detalhe no recorte. O resultado ficou ótimo!

Todo o material foi entregue em sacolas de juta decoradas com bonequinhas compradas no mercado de são José. A ilustração do estandarte serviu como base para a estampa.


As sacolinhas foram confeccionadas sob encomenda a uma costureira de Vanessa. Se alguém quiser algo assim, posso pedir a ela o contato. 😉

Raumplan dançante. A capa de Marília Villar.

Marília Villar, aluna de Tg1 da UNICAP, está na fase de pesquisas para começar a formular sua proposta para um estúdio de Dança. Para o desenvolvimento do layout, utilizei portanto o mesmo referencial teórico que ela está utilizando no trabalho: o Raumplan de Adolf Loos.

O arquiteto Tcheco que fez carreira na Áustria influenciou vários mestres da arquitetura como Corbusier e a escola de Chicago. Tinha uma visão particular do moderno, desenvolvendo uma representação própria do espaço, que caracterizou de “arquitetura sem cotas”, desenvolvida em planos de diferentes alturas, dimensionados de acordo com as necessidades que o uso demandaria do espaço. Apesar de não ter formalizado suas teorias, a produção de Loos reflete esse pensamento. A separação dos ambientes frequentemente não é feita por paredes e sim por difereças de níveis e a delimitação dos espaços era marcada pela mudança de materiais, entre outros artifícios. Com isso desenvolveu uma nova forma de analisar/representar o espaço. Foi desse aspecto específico que tratei para a formatação da capa.

Planos aleatórios foram representados em diferentes níveis e o tema específico da proposa de Marília – o estúdio de dança – fica evidente por meio das silhuetas coloridas* que ‘dançam’ na capa.

Outro produto pedido por Marília foram as divisórias das capítulos. Executadas em papel vermelho, mesma cor dos acabamentos internos, trazem  a mesma idéia que a capa de forma simplificada.

VIVARUA. As capas de Marcella Brandão

Marcella Brandão observou que, apesar de ter sido convertida em passeio, a Avenida Rio Branco, no Bairro do Recife, não possui condições ideais para o novo uso a que foi proposto. Sem estruturas de apoio que tornem o novo uso plenamente possível, a boa idéia pode acabar ‘não pegando’ por essa falta de planejamento adicional.

O projeto VIVARUA, portanto, trata-se da investigação de formas que tornem o local mais acolhedor para os pedestres e garanta vitalidade e aumento de fluxo de pessoas no local.

Marcella já havia desenvolvido um layout, que usou para entregas preliminares durante o semestre e já vinha adotando a cor amarela como cor de destaque no trabalho.

Nesse post, achei interessante trazer os esboços que fiz para a proposta de Marcella, afim de demonstrar como é a fase inicial dos layouts aqui na IMAGINe, e para que vocês entendam que durante a análise do material enviado, eu busco propor diversas formas de montagem para as capas, a partir do conteúdo do trabalho e ainda das referências enviadas.

No caso de Marcella, achei interessante que houvesse um foco no lugar da intervenção, por se tratar de uma situação especial e nova dentro do Recife, então apelei para o traçado das ruas e apresença de elementos marcantes como as calçadas em mosaico de pedra portuguesa.

A opção escolhida, foi uma junção de elementos presentes no layout já desenvolvido por ela, e uma representação simplicada do mapa do centro do Recife.

A avenida Rio Branco aparece destacada com um baixo relevo em amarelo e a impressão da ‘multidão’ composta por silhuetas (composição a partir da série de fontes ‘Human silhouettes’, da Intelecta Design). O recorte envolve também a Praça do Marco Zero, para destacar a continuidade dessa, agora, grande área de convívio.

As informações do trabalho, também estão num baixo relevo.

A contra-capa também recebeu a impressão das silhuetas.

Cores e conexões. a capa de Luisa Tavares

O trabalho de Luisa Tavares é uma proposta para um espaço de coworking (aquele tema amado) na Aurora (aquela rua amada) e a entrega dela ainda nesse semetre, foi uma aposta! Isso por que Luisa mudou de tema já perto do limite e assumiu com isso a possibilidade de não concluir o trabalho no prazo, mas virou ninja, perseverou, conseguiu a aprovação para Tg2, e agora está na reta final! o/

Quanto ao layout, considerando que por conta dessa mudança, do projeto arquitetônico ainda não havia muita coisa definida, busquei um viés mais abstrato, explorando o conceito de networking, que faz parte do universo do coworking, e utilizei na composição uma paleta de cores escolhida por Luisa previamente.

Desenvolvi uma estampa, que ela utilizou na capa e na apresentação multimídia.

O arremate do layout foi feito com uma faixa de papel colorplus offwhite com a logo vazada, expondo a estampa em baixo-relevo.

A contra-capa também teve a estampa impressa.

 

 

1 layout e 4 variações. As capas do meu trabalho de graduação <3

E para REabrir os trabalhos após esses meses de pausa, trago pra vocês os layouts e encadernação desenvolvidos para o meu trabalho de graduação marlindomaravilhoso do mundo, o COWORKING DO TERÇO.

Trata-se de uma intervenção arquitetônica em seis edifícios presentes no bairro histórico de São José, centro do Recife, numa área conhecida como Pátio do Terço. O conjunto está bastante degradado, e o trabalho foi focado no uso como mecanismo de proteção, tentando demonstrar que mesmo os exemplares mais mal-tratados pelo tempo e falta de manutenção, podem ser reintegrados a dinâmica urbana atual, legando o patrimônio que representam de forma eficiente para as próximas gerações e criando oportunidades de negócio que garantam sua manutenção com sustentabilidade.

Não vou falar muito do trabalho, por que se não eu não paro nunca mais.. HAHAHA Mas eu to pesquisando de que forma posso posta-lo na íntegra e disponibilizar pra a geral. Espero que o que foi feito não se encerre aqui e que sirva de informação pra quem precisar para trabalhos e projetos futuros. – Por sinal, quem tiver sugestões de como eu posso postar o material, favor, me avise!

Enfim.. como parte do projeto eu desenvolvi também a sinalização interna do empreendimento em conjunto com a identidade visual. Como o coworking proposto no projeto tem como público-alvo profissionais da área gráfica (a justificativa disso, vocês verão no trabalho integral.. 😉 ) utilizei como base as cores CMYK para criar um link com essa especialidade e a tipografia escolhida foi ‘stencil-izada’ para remeter também a esse elemento do universo dos profissionais em questão.

Desenvolvi quatro variações para um mesmo layout, mudando os materiais e áreas impressas, recombinando o papel Kraft e Duplex, com recorte da logo e baixo relevo alternando composição de papéis coloridos e papel branco liso, ou deixando a própria base da capa a mostra..

A contra-capa e acabamentos internos, também se diferenciavam de acordo com a capa. Assim como os wires utilizados para encadernar (bronze e branco)

Por conta do prazo no-fim-do-fim, não consegui fazer uma diagramação muito elaborada para as páginas internas, mas dei uma caprochada na transição dos capítulos, utilizando divisórias em papel colorplus preto com o número recortado.

Outra coisa legal foram os envelopes. Utilizei envelopes Kraft, que imprimi com as informações das pranchas e a mesma estampa utilizada no restante do trabalho. E fiz a abertura pela lateral, deixando a mostra o número da prancha.

Além da felicidade-extrema-e-alívio-absoluto de terminar o curso, foi também uma oportunidade de experimentar trabalhar com esses outros materiais na composição dos livros, e trazer mais opções para vocês!

Aproveitem que estão aqui e me digam o que acharam do meu Frankensteinzinho. Agora que passou a formatura quero continuar a pesquisar outras soluções trazer encadernações interessantes para vocês, logo todo comentário conta! 😀

 

 

Um ‘terreno’ aquático. As capas de Mariana Lins.

Ao longo do semestre dois layouts foram desenvolvidos para o trabalho de Mariana Lins.

O primeiro foi feito a partir da leitura do trabalho até então e de referências visuais enviadas por ela. O tema de Mariana são as tecnologias utilizadas na arquitetura flutuante, tendo como produto final um hostel boat.

Mariana me contou que para o projeto final, a idéia era criar uma estrutura com ‘cara de casa’, só que na água. explorando a questão do contraste entre uma tipologia conhecida num contexto inusitado. No trabalho, a foto que mais me chamou a atenção e que, se aproximou desse conceito que Mariana colocou, foram essas:

A partir dessas informações, desenvolvi o primeiro layout. Geométrico, minimalista. A composição utiliza dois tipos de papéis. Um escuro e um claro. As formas representam o ambiente aquático, a silhueta da casa e, no encontro entre eles, a fundação, a estrutura, que é o real objeto de investigação do trabalho.

O volume foi entregue, e em seguida, Mari me contatou para dizer que uma das professoras achou o layout pesado.
Era de propósito ser pesado. A água, apesar de fluida em si, é o ‘terreno’ do trabalho. E guarda desafios especiais por isso. Sua fluidez não é dócil, a aparente leveza resultante é, na sua essência, fruto do dos pesos que se hormonizam.

Diante disso, para a segunda entrega do semestre, desenvolvi um novo layout. Mariana me pediu uma representação mais ‘literal’ da água, água em movimento. A partir daí criei um layout utilizando ondas recortadas. As ondas apesar de sinuosas também tem certo peso.

A composição feita com recortes de papel azul em duas cores, sobre fundo branco, foi montada manualmente. As ondas criam um alto-relevo na capa. Esse foi o primeiro projeto com esse nível de complexidade que eu montei manualmente. Fiquei muito feliz com o resultado final. 😀

Pessoalmente gostei das duas. A primeira pelo conteúdo simbólico, a segunda pela resultado estético e a forma de montar. E que venha Tg2, Mariana!

 

Luz do sol. A capa de Rennata Valença

O projeto de Rennata Valença é um abrigo temporário, destinada a proteger os participantes de eventos de rua das intempéries.
Tendo como palco o carnaval de Olinda, Rennata propôs uma coberta auto-portante, feita a partir de estruturas dobradas, semelhante a esses modelos.

Para o projeto das capas exploramos a questão da efemeridade da estrutura, e partimos para uma representação abstrata da visão interna do abrigo. Impresso em papel vegetal, a sobre-capa recebeu também corte, mostrando ainda mais o papel amarelo (luz do sol), que reveste a capa principal.

 

Fazenda Urbana. As capas de Camila Abreu.

Camila Abreu, assim como a xará, já tinha definido as dimensões e layout para a entrega de Tg1.

As capas foram executadas em papel kraft e acabamento interno em papel verde bandeira, mesma cor que a informação impressa na capa.

Para o wire, recomendei o bronze. Ele tem um tom parecido com o kraft, o resultado:

Arquitetura sensorial. As capas de Camila Araújo.

Um dos meus objetivos com a IMAGINe é trazer a solução do tamanho da necessidade. O que significa desde desenvolver projetos do zero, como também colaborar em projetos iniciados ou executar projetos finalizados.

Camila Araújo já tinha definidos o layout e dimensões das capas que entregaria o trabalho final de Tg1 dela.
Então, meu trabalho foi condicionar o layout para produção, especificar os papéis e acabamentos, e produzir a capa em si.

ó como ficou: